Instrumentos Musicais

Aqui você encontra imagens de instrumentos musicais que produzi, descrições e contextualizações.



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Ocarinas

Feitas em cerâmica (argila queimada a 700ºC), fiz poucas, mas ainda quero fazer mais.


Um saber que aprendi com meu saudoso amigo Zé Kinceler, e sobre as quais fiz um pequeno estudo empírico no intuito de aperfeiçoar os modelos.

As primeiras que fiz, acredito que lá pra 2013. Foram todas vendidas a exceção  da Azul que foi presente.

Trabalho conjunto com o Zé: ele fez o "torpedo" no torno e me entregou para que eu tirasse som dela. Fiz os buracos a partir de uma fota de ocarinas "profissionais", nem sei tocar esta. Acabamento em Engobe e queimada no fogo.

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Instrumentos de braço e escala

Instrumentos inspirados em cavaquinhos e violões. Até agora não fiz nada padronizado, só coisas experimentais e que não seguem as afinações nem tamanhos de escala padrões.






CBG (Cigar Box Guitar). Não de fato, pq eu fiz tudo até a caixa de madeira, mas no estilo das CBG estadunidenses: 3 cordas, afinação aberta. Fiz duas, uma pro meu cunhado João, que é guitarrista, e outra pra mim (a menor).








Pequeno Tocato - 2019: Braço transpassante com trastes de bambu. Afinação em G# E C# G#. Cordas de nylon comum (respectivamente de espessura 0.5, 0.7, 0.8, 0.9). No vídeo não parece, mas ficou com um volume de som bem legal.






Pequeno Tocato - 2019: Braço transpassante com trastes de bambu. Afinação em G# E C# G#. Cordas de nylon comum (respectivamente de espessura 0.5, 0.7, 0.8, 0.9). No vídeo não parece, mas ficou com um volume de som bem legal.


Violatão: Braço transpassante de Angelim com escala em peroba. Trastes de prego, escala escalopada até a casa 5. 5 cordas, afinação em DADAD. A lata tem função percussiva e quando apertada dá um tipo de efeito de wah wah. A escala ficou uns 6 cm menor que o padrão de uma guitarra. Cordas de aço.



Violata Amarela; Semelhante a outras, com uma corda em cima e um par em baixo. Dessa vez a lata é de goiabada. Mais ou menso do tamanho de um cavaquinho.



Blue Box: Também pequeno, como um cavaquinho. 3 cordas de nylon, fretless. no lugar dos trastes fiz marcações a canetinha, sendo que as marcações verdes são microtons que incrementam os intervalos ocidentais.





Violatas - Pequenas violinhas feitas com latas. Cravilhas de madeira dura (canela preta, marrom, peroba), e braço da madeira que tiver sobrando (qualquer uma). Um par de cordas de nylon (06mm e 09mm) e escala diatônica simples. Ótima para iniciantes em instrumentos de corda e escala.



Barro-oco. Quem fez a cerâmica foi o Zé Kinceler (parte do laboratório que fez sobre instrumentos musicais feitos de cerâmica). Como ninguém tinha terminado e encordoado nenhum destas violinhas de cerâmica eu tentei finalizar o primeiro. No final ficou assim. O som é baixo, já que a peça oi feita no torno e é um tanto pesada. Trastes feitos com pregos,  cordas usadas de violão.


Barro-oco 2. Esse já toca com mais volume, já que a cerâmica é fina, de barbotina sobre o molde do original do Zé. Trastes feitos com pregos e arames.



Violinha de Caeté. Um pouco maior que um cavaquinho, o braço transpassante e tampo são de angelim, feito a facão. Não tem muito volume de som. Recentemente troquei as cravilhas de angelim (racharam, o angelim é muito fibroso pra isso) por tarraxas de violão. To usando cordas uma mistura de cordas de aço e de nylom, e é afinado parecido com o cavaquinho (só que dois tons abaixo). A escala é feita com tiras do catuto caeté.


Violinha de lata, Caeté. O braço é de canela preta, o tampo de peroba, a escala de pregos, com madrepérolas feitas de conchas. Tem molas dentro dele que ajudam na ressonância do som, que tem mais volume que a violinha anterior. Tá afinado semelhante a um cavaquinho, só que dois tons abaixo.

 
Violinha de lata com Trastes Móveis. Fiz esta como um experimento para poder brincar com os intervalos de microtons da escala. Os trastes são feitos de cordão encerado (peguei a ideia das Violas de Cocho do Mato Grosso). Fiz uma régua de papel e plástico que divide um tom em oito partes, e que serve de guia para as experimentações com intervalos não usuais no ocidente. Ao lado uma folhinha onde desenhei e vi que notas davam nas primeiras tentativas que fiz. Abaixo um vídeo de demonstração:




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Orocongos

Instrumento ancestral vindo do continente Africano. Poucos aqui sabem, mas Florianópolis-SC tinha talvez o último representante dos saberes originais deste instrumento. Os que faço são adaptações sempre visando aproveitar materiais que estão sobrando.

O Orocongo é um instrumento monocordio de origem africana que é tocado com a fricção de um arco com fios de rabo de cavalo. A ponte flutuante fica sobre uma pele de animal, e leva a corda de aço Sí (a segunda) do violão. Quem tocava aqui em Floripa era o Seu Gentil do Orocongo, que já faleceu. Este da foto não fui eu que fiz, mas o Aires, marceneiro da UDESC, e me foi dado pelo Zé Kinceler para que eu fizesse um estudo e aprendesse a tocar. Posteriormente adicionei um captador de guitarra e pintei ele.
Tecnicamente estes instrumentos não são Orocongos, pelo fato de não terem a membrana vibratória (a pele de animal), mas são inspirados e tocam de forma muito semelhante. Este foi o primeiro que fiz, um estudo para o modelo que costumo fazer com alunos nas escolas pela simplicidade dos materiais.
Este eu fiz com uma cabaça Caeté e um pau de Angelim Pedra. Até funcionou, mas a saída de som (o buraco) para baixo não ajudou muito no volume do som. O Arco é feito com linha de pipa (uma dica do Marcelo Muniz do Grupo Engenho, que conviveu bastante com o Seu Gentil também).
Caprichado, feito com lata de bombom. Cabo de Angelim e tarraxa de violão. Sai um som com muito bom volume, já que a tampa da lata funciona como membrana e a lata inteira vibra.
Semelhante ao de cima. Ambos com arcos feitos com linha 10 de pipa.
Monocordio simples feito com coco. O som não ficou muito alto, o coco é rígido e vibra pouco. O arco é de rabo de cavalo. Pontes e cravilhas de canela.
Orocongo Bernunça. Encomenda pra presente de uma criança. Feito com catuto Caeté, dessa vez o som ficou melhor e mais alto, já que fiz a saída de som menor e virada para cima. Cravilha de madeira, arco de rabo de cavalo.



Orocongo "fininho". Fiz com umas sobras de material aqui, As tarrachas são feitas de ganchinhos de varal. Acho que foi o único instrumento que construí em 2021.









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Percussão

Instrumentos de percussão variados e afins.










Bateria eletrônica de pé: Ainda fazendo ajustes, essa eu vou levar um tempo pra treiar e poder tocar guitarra, cantar, e coordenar os pés com tantas opções que eu criei nela.











Cajon de pé: Fiz em 2019, pra começar a bricnar de "One man band" Dá uma percussão legal pra acompanhar insturmentos acústicos, e consegui coordenar razoavelmente meus pés enquanto toco e canto.








Zerângulos: são aros cortados de uma mola de suspensão de automóvel. Funcionam como um triângulo, então fiz a varetinha (ferrinho) para bater nela e amarrei uma fica de couro para servir de alça.







Quatro Pads que fiz com captadores piezos para minha bateria eletrônica. O Módulo de som da Alesis tinha ainda 4 slots vagos para adição de novos pads. Como cada PAD custa caro, algo como R$200,00, resolvi fazer minha alternativa barata. Funcionaram direitinho. Feitos com piexos, latas, madeira, e borracha de tapete de chuveiro (para o box).

Os Cajons (do espanhol, se lê "Karrom") é uma caixa de madeira com um tampo de laminados (como o tampo do violão). Quando você percute na parte mais acima do tampo, sai um som parecido com a caixa da bateria, e quando bate com a mão mais firme no centro sai um som próximo ao do bumbo. Pode ser tocado com vassourinhas e outros acessórios.




















       

O primeiro Cajon que fiz, creio que lá por 2012. Feito com sobras de um guarda roupa, fiz também umas experiências com vassurinhas e um tipo de chocalho (que ão ficou bom) na lateral. Grande, com o som bem grave. Esteira feita com cordas usadas de violão.






Segundo Cajon, talvez no ano seguinte. O acabamento deste ficou bem melhor. Fiz com madeira boa e com os restos de uma caixa de jogos da Estrela que achei no lixo (ótimo laminado de tampo). Ficou menor, um pouco mais agudo, e com um bumbo bem definido.


O Terceiro e último que fiz é o que uso até hoje. Tampo laminado, corpo de OSB (o substituto do aglomerado). O interessante do OSB é que ele tem propriedades acústicas.

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Pintura de meu Antigo Violão


Meu primeiro violão, comprado a prestação em alguma loja de departamentos com o salário de office-boy. Depois de uns anos eu pintei ele de preto.


Acho que entre 2007 e 2009 eu resolvi lixar ele inteiro e fazer uma pintura figurativa.







O processo de pintura usando os materiais que tinha a disposição: tinta acrílica de artesanato.







   

Como ficou por fim.












5 comentários:

  1. oi paulo. meu nome é eduardo e eu moro em são paulo. faço cerãmica e estou estudando instrumentos musicais. fiz uma ocarinas a partir de uma peruana e até que ficou bom. não consegui ler as "instruções"do seu blog... dá prá mandar legível? fiquei curioso com a rabeca. achava que cerãmica não daria bom som prá isso. adorei seus instrumentos, me deixaram com vontade de fazer mais. valeu, abraço (minhas cerãmicas podem ser vistas no face cerãmica do morro do querosene)

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    1. Opa, que legal Eduardo. Me passe seu facebook, eu entro com de minha companheira e trocamos e-mail (é a melhor comunicação pra se ter comigo). As instruções que tu dizes é aquele estudo que eu fiz e anotei num papel, com os tamanhos de furos das ocarinas né? por e-mail eu te explico melhor. E quero ver suas cerâmicas sim, passe o endereço de seu facebook (só copiar da barra de endereços do navegador e colar aqui)

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  2. obrigado. aqui vai:
    https://www.facebook.com/ceramicadomorrodoquerosene/?fref=ts

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