domingo, 16 de fevereiro de 2014

O guia cego...


Planejar aulas é, as vezes, se sentir como um cego que guia aqueles que enxergam. Quem somos nós pra decidir o que conhecimento será importante ou não para outra pessoa? Deixando as crises de lado, até por necessidade imediata, a resposta que me vem a mente é: alguém não tão diferente daqueles que planejaram o que é ou não é conteúdo a ser ensinado nas escolas.

Escolas, espaço que pretende monopolizar o ensino e a aprendizagem. fútil insistir contra algo humano: o ato de aprender em todos os lugares e momentos da vida. Com sua pretensão, a instituição escola vira uma caricatura do ensino/aprendizagem: lá se aprendem anedotas de aprendizados reais. Por vezes se aprende a fazer uma anedota de um texto, mas não um texto. Se aprende a fazer uma anedota de uma História em quadrinhos, de um desenho, de uma casa, ou qualquer coisa que se queira a prender. Mas não se aprende a fazer a "coisa real", com aplicação prática.

Se tem algo que posso considerar nos meus planejamentos é não fazer atividades que tenham como resultado final uma anedota, uma simulação, um fake. Mas sim, fazer coisas que existam na realidade, não apenas como representação, ou pior, piada de mau gosto com a inteligência dos alunos, que é a mesma de qualquer ser humano.


Uma apropriação de Banksy (que outrora se apropriou de outras imagens)...

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