quinta-feira, 28 de abril de 2016

Marlo, o peso do inacabado...

A mais de dois anos atrás eu comecei a fazer meu segundo game solo: Marlo in apocalyptic acid World. um game no maior estilo Super Mario mas com uma ambientação distópica. Comecei a ideia como algo que eu poderia finalizar em 6 meses. Outras prioridades da vida vieram, como construir com minha companheira nossa casa, que levantamos praticamente toda com nossas próprias mãos, e etc. Agora cá estou eu, cheio de ideias para games, algumas muito frescas e vibrantes na minha cabeça, mas preso em um game que se eu fosse iniciar agora faria muita coisa diferente. usaria outro engine, faria fases mais curtas, e faria uma pixel arte mais limpa, sem tanta informação visual nem cores vibrantes. Mas, é tudo um aprendizado (e será até o fim da vida), então, o negócio é seguir em frente.

Meu problema agora é: como terminar o game do Marlo? Eu nem cogito desistir ou deixar inacabado. Ele tem mais da metade das fases prontas e jogáveis, todos os inimigos e chefes de fase prontos e funcionando, todos os gráficos dos cenários ainda não montados já foram desenhados. Falta tempo para montar as fases, testar, ajustar as partes problemáticas, e fazer o final do game. Ainda tenho outras tarefas inadiáveis pra terminar antes, mas de algum jeito tenho de terminar meu segundo game. O Link para a página no itchio logo abaixo:

https://amaweks.itch.io/marlow




sexta-feira, 22 de abril de 2016

Ludum Dare

Final de semana passado fiz parte de uma equipe para participarmos da Ludum Dare 35, uma competição sem premiação onde temos 72 horas para fazer um game. O tema, liberado no instante em que começa a contagem de tempo para o encerramento, foi "Shapeshift", traduzindo literalmente significa "mudança de forma", também usada para se referir a criaturas míticas transmórficas. Como muitos dos milhares de participantes, não conseguimos finalizar o game, mas essa primeira versão está jogável, e dá pra ter uma ideia do que tentamos realizar.

Aqui o link de nossa postagem no concurso:
http://ludumdare.com/compo/ludum-dare-35/?action=preview&uid=89991

E o link para a versão que corrige alguns Bugs para você jogar no Newgrounds:
http://www.newgrounds.com/portal/view/673574?updated=1461180202



Nossa equipe foi formada por mais dois primos meus e um amigo: Ramon G. V. Schneid, Lucas V. Machado, Daniel F. N. Machado, e eu. Foi realmente um trabalho intenso e produtivo, a equipe toda está de parabéns, por que sendo todos artistas visuais (formandos e graduandos em Design de Animação e eu como licenciado em Artes Visuais) conseguimos improvisar uma divisão de tarefas que acabou parindo um projeto legal e que combinamos de continuar, agora com calma, pra entregar um game polido e bem acabado. Juntos criamos o conceito, ideias gerais, personagens e narrativa para o game.

Quanto a essa produção, o que posso falar é de minha parte. Desenhei os sprites dos personagens, com a ajuda das animações de base que o Ramon fez, e ele é bom em fazer isso, uma parceria realmente produtiva. Também, de última hora, fiz umas BGs provisórios (os cenários de fundo). Vou postar algumas imagens dos sprites que mais gostei.


Sprites principais e dos quais me orgulho de ter feito (mas ainda posso e devo melhorar-los)...



Uma Gif de teste da animação da criatura ainda "bebê"
 

Um dos ótimos quadros de animação feitos pelo Ramon e sobre o qual fiz o sprite final.


Gif de teste do Enkid (a criatura de lava) caminhando. Sprite que eu fiz sobre a animação que o Ramon Criou.


quarta-feira, 13 de abril de 2016

Aulas e seus altos e baixos...

Ponto alto:

A duas semanas finalizamos a atividade de "leitura" da música, na verdade, sob o título de "Forma e conteúdo na arte", com o arte nesse sentido amplo mesmo. Foi bem legal, gostei do resultado. Começamos ouvindo esta música:




Sem eles saberem título, nem qualquer outra informação, pedi para que eles, enquanto ouvisse, anotassem os sentimentos e memórias que tinham ao ouvir a música. Como esperado, todos associaram a música a festa, alegria, praia, lual, tranquildiade, vontade de dançar. Conversamos a respeito, e o consenso foi que a música, em sua forma (o instrumental), representava alegria.

Em seguida passei as informações sobre a música, e eles copiaram a letra. Deixei claro a diferença entre a objetividade científica e a subjetividade na arte, e discutimos nossas interpretações sobre a letra, verso a verso. Chegamos ao consenso de que a letra falava da dureza da vida, em especial na periferia.

Por fim, na folha em que eles já tinha anotado suas sensações e a letra da música, eles dissertaram sobre o essa articulação entre um conteúdo alegre (Conteúdo da Forma), e o Conteúdo do Discurso (da letra), que era pesado, desesperador. A maioria deles escreveu, de uma forma e outra, que tal forma com tal discurso passavam a ideia de que esperança, e de alegria como única forma de suportar a dureza da vida.


Ponto baixo:

Mas a roda da fortuna não para, e depois de subir tive de descer. Na semana passada levei meus instrumentos musicais novamente para a escola, e não saí muito feliz. Mesmo sem deixar a atividade totalmente livre, e colocando o objetivo de que cada grupo de alunos composse uma melodia simples com pelo menos 3 notas, e mesmo assim eles dispersaram muito. Com um dos primeiros anos, além de dispersar, eles surraram os instrumentos, apesar do meu segundo alerta pra eles tocarem com menos força. Arrebentaram 4 cordas, e deixaram a laa do fundo dos orocongos amassadas. Vamos ter uma conversa séria na próxima vez, e se continuar assim, acabou esse tipo de atividade com algumas turmas.

Mas, pra dizer que cosias boas e surpreendentes saem pra quem presta atenção nos momentos de baixa, um dos alunos, extremamente agressivo no trato e com os instrumentos, se empolgou com os acordes de violão que outro aluno o ensinava. Quis saber quanto custa um violão, disse que ia tentar arrumar um. Além desse episódio, um terceiro ano terminou a noite (última aula), tocando e cantando as músicas dos Mamonas Assassinas. Por que que jovens de 2016 tem essa referência eu não sei bem (era uma referência pra mim na idade deles, mas os caras morreram na época e tals...). Foi divertido.



sábado, 2 de abril de 2016

Mais Violata...

Continuando a experiência com a criação de instrumentos musicais, fiz mais alguns ajustes com as Violatas, além de gravar um vídeo de demonstração. Por fim, acabei usando Nylon de pesca 09mm e 05mm para o par de cordas das Violatas. O Nylon 06mm não aguentava a tensão para chegar na afinação em D. Fiz 7 destas até agora, sendo que a de número 000 eu fiquei para mim, a número 001 foi para o João Hackman, e as demais deixei no atelier de minha mãe para vender. Elas devem ser afinadas em C ou D no máximo. O instrumento acompanha ainda uma palheta de plástico e um cano de PVC que serve de Slide (outro dia demonstro isso em vídeo também).





Fiz algumas palhetas de casca de coco. Também instalei um captador piezzo dentro da minha latinha, e funcionou bem (em breve gravo um vídeo desta experiência). Abaixo o primeiro vídeo de demonstração da Violata:




Pelo vídeo você pode ouvir que as notas não tem muita sustentação (sustain), mas o volume sai  audível, dá pra brincar legal com a escalinha fixa de 8 notas (de uma oitava a outra).