Dia 16 de março nos deixou Gelci José Coelho, o Peninha, grande discípulo e ajudante do Professor Franklin Cascaes, e também um artista com uma obra única que deu a seu modo e sua criatividade continuidade a obra do mestre.
Parece até plano do Lucifero, mas talvez não por coincidência ele vai embora poucos dias antes da cãmara de vereadores aprovar um novo plano diretor para a cidade, contra todas as audiências públicas e vontade do povo, que permite prédios com mais de 3 andares na maioria dos bairros onde antes não podia, dentre outras malvadezas que só vem de encontro ao interesse da exploração imodibilária.
Mas quero homenagear o Peninha postando aqui um conto que ele certa vez nos contou. Como ele gostava de falar, "quem conta o conto aumenta um ponto", então eu escrevi do jeito que eu lembrava, talvez omitindo ou acrescentando algo de maneira inconsciente, além de fazer uma ilustração pra ele.
Da minha parte, no meu trabalho em arte, vou sempre que possível rememorar este Peninha, o contador de causos, o artista e estudioso que preservou a obra de Cascaes, ajudando a editar os volumes do Fantástico da Ilha de Santa Catarina e nos anos recentes tendo editados livros com suas criações.
Peninha foi então o maior exemplo do que devemos fazer com o legado de Cascaes: se por um lado preservar a obra, por outro divulgar ela, educar com ela, e também criar a partir de seu universo.
Viva Peninha, viva Cascaes, e viva a cultura, toda a cultura, popular, de toda a população, desta tão historicamente reprimida e maltratada Ilha de Desterro.
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